Através dos imensos blogues, depois daquele dia 25 de Junho, foi fácil perceber os milhares de pessoas que amam Michael Jackson.
Michael disse uma vez que para ele o maior de todos os pecados seria não cultivar os dons, os talentos que, na verdade, foram uma dádiva de Deus. Aceitá-los e não os cultivar seria para ele o maior pecado do mundo.
E por toda a vida trabalhou todos os esses dons duma forma árdua e muitas vezes espinhosa, mas sempre com a delicadeza dum cavalheiro para com todos os que consigo colaboraram. Não falhou uma nota… por vezes notas tão altas que pareciam sentarem-se à porta da casa de Deus… não falhou a imensa incompreendida bondade… o chapéu nunca caiu naqueles mágicos passos, sob o qual escondia as feições genuinamente puras para poder interpretar por exemplo Dangerous… tentou esconder o vastíssimo carisma atrás da timidez que edificou como muralha defensora, mas não conseguiu passar despercebido. ERA IMPOSSÍVEL! Ele é o “BEST SELLER” humano.
Também eu fui abençoada por viver na era Michael. Thank you God. Será difícil perceberem o que digo, o que sinto?
Parecendo muitas vezes casual, no palco expunha um homem sensual de ancas levantadas. Ambas as mãos se alinhavam na direcção do seu sexo. Depois, por vezes até na mesma interpretação, assumia o lado mais forte dele – a infantilidade. Sorria com os olhos que acompanhavam um rasgar desenhado nos lábios. Sorriso que só consegue ver quem já alguma vez sonhou com anjos ou os imaginou a sorrir.
Todos o queriam tocar porque ele consegue tocar as nossas almas. O corpo é apenas a casa física da nossa alma e são as almas que pedem o contacto da alma de Michael.
Fundiu a sensualidade e a criança, acrescentou a irrepreensível bondade e viajou planeta fora durante toda a vida apelando à mudança, à paz e ao amor. Acreditou que era possível mudar o mundo e acredito que mudou milhões de pessoas que o ouviram com as almas, com os corações, e não só com os ouvidos. Mas o Peter Pan Michael estava cada vez mais só, cada vez mais traído, e a sua gigantesca sensibilidade não permitiu mais.
Então Deus, numa dessas enormes conversas que por vezes temos com Ele, disse-lhe: “Michael chegou agora a tua vez de fazeres o que incansavelmente pediste à humanidade – MAKE A CHANGE”. (esta conversa foi há muito, muito tempo).
Michael idealizou, duma forma magistral como sempre, tudo o resto. Não esqueceu o tal pecado que disse não querer nunca cometer e agarrou num outro dom que Deus lhe deu e foi.
Muitas teses há sobre quem eventualmente o protege, mas nunca esqueçamos que Deus protege sempre quem O ama.
No final do dia, neste estranho mundo de infidelidades morais, em que tento ter sempre um sorriso na alma e ser a criança que também Michael ajudou a resgatar em mim, deito-me, oro, fecho os olhos e imagino-o, quase o vejo, sentado numa cadeira confortável, mais uma vez só, muito só, pensando como vai fazer para voltar porque o dia está quase a chegar.
Não faria sentido Michael não voltar, e para acrescentar a toda a imensa admiração que tenho por essa alma que se entristeceu, mas nunca parou, nunca perdeu a fé, vou ter que acrescentar a minha ENORME admiração pela coragem sem precedentes que o levou a fazer A MAIOR MUDANÇA que alguma vez o mundo imaginou poder assistir.
Sou uma pessoa vulgar, mas daria tudo o que de mais precioso tenho para voltar a vê-lo sorrir. ACREDITEM. DARIA MESMO! Daria porque nada mais é tão valioso nesta vida do que a pureza quase infantilmente descuidada com que esse homem olhou e acreditou no mundo.
THIS IS IT
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